quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Back na volta.

Eu não queria ficar com ninguém depois de experiências passadas a ferro frio
Eu não sou religioso, mas às vezes oro e espero que algum dia eu seja ouvido. Por enquanto, só os mosquitos do quarto me ouvem e depõem contra mim
Toda vez que quero o querer me traz problema
Toda vez que quero até a matemática vacila
Toda vez que quero o presente atrasa o verbo que no passado já não brilha
Toda vez eu quero
Toda vez eu quero

Quando meço os compromissos sempre falta 1 milímetro
Quando meço os meus desejos, o sempre é pouco e eu não vejo
Todo instante é a luz que eu (des)vejo
Toda luz é a cegueira, é quando os olhos pedem a saideira

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As vezes não precisamos de nada
As vezes é bom se esquecer
Correr, ir para o vácuo que fica entre eu e a outra pessoa que comigo tende a aparecer
E quando estou lá, olho em volta e percebo, que o mundo me fez um pobre moldado à chicote. E que este mesmo mundo, está enrolado à correntes de estrelas que brilham ferrugens nas grades de ferro à luz que agora se ofusca.
Tenho pena de tudo isso e retorno. Vou dar atenção a mim e a esta pessoa parecida comigo que tanto faz e que por "mim" tanto fez
E acabo com tudo isso, conhecendo um outro indivíduo que me torno quando escapo.

3 comentários:

A verdadeira arte de viajar... disse...

muito bom...

Nem Queiroz disse...

Maravilha poeta! Maravilha! Eu pensei que fosse uma puta dose de canção esta letra ferronha e ácida. Pensei que fosse Mobile...drink, é claro! tim! tim!

Murillo diMattos disse...

Cara... pela amor de Deus, leia o e-mail que te enviei e aceite o meu convite. Participe do concurso de poesia do meu blog. Gostei dessa também, mas eu gostei muito mesmo! E um cara do teu calibre não pode faltar tanto nesse concurso, como em nenhum outro. Pense bem, ok?